domingo, 22 de junho de 2008

CHICO

Soltam-se danças no peito
Percorro o mundo redondo da música
E voo à solta pelos sonhos
De mão dada com velhos amigos.
Magia de tudo ser possível
Embarcar em qualquer viagem
Poder estar louco por momentos
Soltar-me na melhor malandragem
Amar serenamente sem culpas.
Mas,
Quando me quero encontrar
Olhar para dentro e reconhecer-me
Atravesso sozinho o grande mar
Ao encontro de um velho amigo.
E, falamos conversas longas
Da vida e morte da Severina
Das meninas dele e das minhas
As mesmas ideias, as mesmas lutas
Percursos paralelos, a mesma sina
Construimos países imaginários
Relembramos os nossos heróis
Guerreamos contra as injustiças
Derrubamos ditadores sanguinários.
Escreveu-me quando estava em festa
Estivemos de verdade, mas já não
Pena que esteja tão longe
Que não saiba quanto é meu irmão
Há um mar tão grande entre nós
Mas há tanto mar a juntar-nos.

GED

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