NAVEGADOR DOS SONHOS
( De um texto em prosa, que foi escrito com alma de poeta )
Para o seu verdadeiro dono, o meu amigo Manel.
Há muitos bateis de nostalgia
Fundeados nas margens do Tejo
Frequentemente acostam-se a nós
Partir ou ficar torna-se uma agonia
Vem devagar esta melancolia
É estranho este desconsolo
Em vez de nos trazer tristeza
Traz-nos uma imensa alegria
Se alguém lhes solta as velas
Levam-nos em sonhos perdidos
Pelos sulcos doridos do mar
Até às nossas praias mais belas
Na bagagem apenas a certeza
Que a viagem vale sempre a pena
É uma viagem às nossas raízes
Na África Ocidental Portuguesa
Podemos visitar postos militares
Sem guarnições nem canhões
Ou mergulhar na praia Morena
Apenas na memória desses lugares
É uma viagem sempre sem volta
Tantas, tantas vezes navegada
Os caminhos marcados na alma
E os sonhos a correrem à solta.
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