domingo, 13 de janeiro de 2008

CARLOS PAREDES

Por breves instantes
Calaram-se as guitarras do meu país.
Nunca mais os acordes dissonantes
Ouvidos na pessoa primeira.
Vejo-o solitário
Libertando os sons
Presos nas cordas da guitarra
Aos ombros transportava um sonho
Maior que ele, maior que todos nós
Cerzir, cerzir sem parar
Os alinhavos da alma portuguesa
Em Junho chegou-me a notícia
Não mais, tinha regressado aos pós
Não acreditei, não acredito.
Só morre quem merece
E
Se olharem com atenção, verão
Continua vagueando por aí
Cuidando da alma de todos nós.

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