domingo, 13 de janeiro de 2008

CHUVAS DE SETEMBRO

Chuvas de Setembro
Aviso de todos os calores
Rompendo céus negros
Grávidos de tanto liquido
Esmagam-se ruidosamente
Na pele engelhada da terra
E partem à desfilada doida
Arrastando tudo na corrente
Chuvas de Setembro
Relançando todos os milagres
Já julgados impossíveis
Cada gota trazendo sementes
De novas vidas prometidas
Alinhando o pendulo sideral
Com os passados e presentes
Chuvas de Setembro
Rápidas e fugazes
Dissolvendo-se de repente
No desmedido calor tropical
A certeza do diário regresso
Violentas, gordas, destruidoras
Reconstruindo a energia vital

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