quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

A MORTE DO POETA

Enquanto o meu corpo se agitava
Uma mulher solitária dançava
Nua
Um brilho intenso no seu olhar
Escorria pelo cabelo, ao bailar,
A lua
Olheiras cavando fundo o rosto
Rugas de um enorme desgosto
Só seu
Nesta noite ninguém dorme
A voz do nosso mestre, enorme
Morreu
Os versos não mais explodirão
Ficou a funda, inerte, na mão
Quieta
Já ninguém os poderá lançar mais
Com a energia e a certeza vitais
Do poeta.

GED

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