domingo, 13 de janeiro de 2008

DESTINO

Convoco forças
Encurvo silêncios
Em forjas de luz
Aconchego átomos
Mensageiros de sóis distantes
E cristais de neve
Ecoando cumes gelados
Caminho na periferia da vida
Com vagabundos e loucos
E meretrizes alucinadas
Rios de prata serpenteiam a meus pés
Na corrente flutuam solidões e maravilhas
Aniquilando-se adiante
Em penhascos liquidos
Há um cheiro de gengibre no ar
E um oceano de tempo a separar-nos.
Ao longe
Um dia vertical
Crava-se na periferia da noite
Irremediávelmente
Dispo-me de tudo
Resta uma vibração
Espesso-me em nevoeiros

Sem comentários: