domingo, 13 de janeiro de 2008

CRUZEIRO DO SUL

O sol dissolve-se lentamente no risco distante
Sentado na areia quente, alongo o olhar
Para a lonjura diante de mim
A noite violeta estende-se mansamente
Já se vê Orion e o olho vermelho de Marte
E a Estrela Polar brilhando intensamente
Procuro o Cruzeiro do Sul em vão
Companheiro de farras e insónias
Não está lá, só nos meus sonhos
Olho de novo para o meu coração
Com a certeza de que os céus da minha pátria
Continuam a existir
Penso em Copérnico
E em como o odeio por ter razão
A terra é redonda
E o meu céu, não o consigo ver
Mas sei que existe
Para lá do horizonte

GED

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