domingo, 13 de janeiro de 2008

UM DIA...

Muitas vezes dou comigo a pensar
Que há um tempo certo de morrer
Um dia a cidade vai estar vazia
O meu bando voou para lá das cordilheiras
Sobram fantasmas de amores e desamores
A minha vista cansada
Já não atinge as montanhas distantes
As cabaças de kissangua estarão secas
Os girassóis na planície já não dançarão
Rios velhos sulcam-me a face
Terei de caminhar sózinho
Muitas vezes dou comigo a pensar
Que há um tempo errado de viver.

1 comentário:

Alice Almeida disse...

Henrique!
Caminhar sozinho dói! Custa levantar os pés...
Abração
Alice Almeida